A morte calou a voz do ‘Pedrão da Chimbica’ e a gaita inseparável também deixa de ser tocada.
Nesta quarta (19), moradores do Jordão, em Guarapuava, lamentam a morte de Pedro Bonavigo, aos 78 anos.
Ele estava internado no Hospital São Vicente e a causa não foi revelada.
De acordo com o obituário, o corpo dele está sendo velado na Capela Mortuária UmuPrev e o sepultamento ocorre às 15h30 desta quinta (20). Será no Cemitério Jordão.
Quem conheceu o ‘Pedrão’, aquele ‘italianão’ da voz alta e do riso exagerado, jamais vai esquecê-lo.
Sempre conduzia a ‘velha chimbica’, uma pick-up da marca Williams, anos 50, de cor azul bem forte, importada dos Estados Unidos. Estava com ele há 49 anos.
Músico desde criança quando ‘esfolava’ pedaços de madeira simulando um cavaquinho, foi aos 15 anos de idade que teve o primeiro contato com uma gaita de botão.
Começava aí uma trajetória musical que em 2009 teve um momento de sucesso.
A música ‘Chimbica do Pedrão’ chegou a ser um ‘hit’ em celulares, programas de rádio e ultrapassou fronteiras com clipe postado no YouTube.
Conforme a trajetória do músico, após ganhar uma gaita piano, entre 1966 e 1968, começou a participar de programas de calouro na Rádio Difusora.
Depois na Rádio Atalaia onde tinha o programa ‘O Rancho do Pedrão’.
Formando dupla com o primo Dileto Pulga e uma parceria com o sanfoneiro Tobias de Souza, aos poucos, foi divulgando a música tradicionalista de ‘Os Bertucci’.
Pedrão, que foi policial rodoviário, também fez parte do Grupo Folclórico Anima.
Mas, conforme ele contou em entrevista ainda em 2009, foi indo e vindo diariamente no Jordão que observou o cotidiano do parque recreativo e compôs a ‘Chimbica do Pedrão’
A música conta a história criada nas conversas nos bares da vila, principalmente no Bar do Polaco, ponto de encontro após às 18h.
É um xote meio nordestino, meio gauchesco que deu numa mistura bem guarapuavana.
O CD chegou a ultrapassar fronteiras chegando até a Polônia.
Fonte: Portal RSN
Da redação/ Maria Farias
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